Cine Lés

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Nos últimos dias pude arrumar um tempinho para pipoca e cinema!!! E haja coração!
Para começar a semana assisti Viola di Mare, ou seja, comecei chorando... O filme mesmo que a crítica tenha dito ser mais uma história lesbiana vejamos que há algo diferente e que me fez pensar um pouco mais que alguns filmes.
Para quem não conhece, Viola di Mare é um filme – lindo -  italiano de Donatella Maiorca baseado em uma história real - ou lenda talvez  - disseminada em um ilha perto de Sicília em meados do século 19. O filme traz como elenco as atrizes Valeria Solarino (Angela) e Isabella Ragonese (Sara) - que aliás um casal muito bonito e que rende um beijo no tapete vermelho. A história é de duas mulheres que cresceram juntas e se descobrem apaixonadas, parece como muitas outras que já vimos, porém ocorre algo inesperado, Angela para ter a chance de ter em seus braços a sua amada há que se transformar visualmente em um homem para a sociedade assim o/a aceitar. Diante de um cenário machista, repressor, turbulento, injustiças, eis que então assim poderia casar-se com seu amor, sendo aceita como homem, agora Angelo. Foi então que me surgiram diversas  reflexões mundanas, seria essa a maneira de sermos aceitas? Logo de cara me assustei com meu pensamento, NÃO, a resposta foi quase que gritante e me senti mal por chegar a pensar em um mundo dessa forma. Veja, não digo que sou contra qualquer estereótipo, ao contrário e por isso minhas reflexões: devemos ser o que somos simplesmente. E mesmo porque não se poderia ignorar uma vida passada, como pudemos ver no filme, mesmo sendo obrigados a isso. Por isso percebo um pensamento melhor elaborado: Que venha a tormenta que seja, porque nada nesse mundo é capaz de destruir o que floresce dentro de dois corações! Amor, paixão, desejo, gosto, sentidos perdidos, nada disso se desfaz com palavras ou atos mesmo que possam machucar, porém não destroem; e que simplesmente no fim de todas as discussões e lutas, somos todos seres que buscamos viver. E logo, depois disso tudo me vejo tentando entender o sentido da homofobia. Um ser unicamente acorda, trabalha, estuda, come, diverte-se, busca melhores oportunidades e dorme novamente para noutro dia com algumas mudanças fazer a mesma coisa: ou seja, VIVER. Em qual momento disso tudo alguém se desfaz de um tempo para repudiar homossexuais e por qual motivo? Multiplicação? Veja, nem todo mundo é homossexual, nem todo mundo é hétero, e que mal faria aos outros essa condição? Por que não maximizar esse tempo perdido em se fazer o bem? Ajudar uma família, uma criança, alguém próximo, voluntariar-se?... Afinal tantos terremotos, tsunamis, terrorismo, matanças, roubos, guerras, tanta coisa ruim acontecendo e alguém pára com uma placa na frente de um tribunal o dia todo para que uma lei de casamento do mesmo sexo seja revogada? Ok, talvez nós humanos nunca possamos nos entender, e talvez melhor que isto nunca aconteça, pode ser pior! Nem por isso deixarei de ser eu mesma, deixarei de amar quem eu amo, deixarei de acordar, comer, divertir-me, buscar novas e melhores oportunidades, e o mais importante, nem por isso deixarei de sempre, sempre, buscar oferecer o máximo de mim para fazer o bem ao meu próximo.


By Taly
XoXo
;o)
;o)

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