No trabalho
Todo dia era a
mesmice. Os mesmos horários, os mesmos trabalhos, as mesmas pessoas. Tudo se
tornara tão chato para Carla que o brilho do primeiro dia de trabalho se
estilhaçou ao longo dos anos. Como de costume Carla acordava e logo solitária ia
se banhar, pensando a cada gota um dia encontrar seu príncipe encantado e
viverem felizes para sempre, um trabalho que lhe desse ânimo e ambição. Porém o
mundo de fantasias acabava quando ela se recordava que já estava atrasada
novamente. Sempre se perdia em seus pensamentos. Tomava seu café correndo e
dirigia até seu trabalho enfrentando um trânsito que muitas vezes reproduzia um
suspiro de desejo de esquecer isso tudo e ir embora para qualquer outro lugar
mais calmo. Chegava ao trabalho cumprimentava algumas pessoas na entrada e de
pronto já estava afundada em sua cadeira.
_ Se prepara
que hoje é tudo a mesma coisa! Bom dia restos.
Mariana uma
colega de trabalho que sempre tinha as melhores piadas e fazendo de momentos
terríveis um pouco de descontração.
Um sorriso
afrouxado de Carla fez Mariana retornar ao seu lado e lhe mostrar um pouco de
preocupação.
_ Menina, já
trabalhei em muitos outros lugares e vou logo lhe dizendo que é melhor ter isso
que não termos absolutamente nada. Nem sempre as coisas são como queremos mais
apesar disso devemos sempre buscar uma melhor qualidade de vida em nosso
trabalho.
_ Má realmente
está difícil, parece todo dia que estou indo para a forca e no caminho as
pessoas me jogam pedras de carros à minha frente.
_ Relaxa amiga
você precisa de um levanta ânimo. Vamos sair hoje a noite. E não foi uma
pergunta.
Uma olhadinha
de consentimento mais descontente do mundo, porém Carla sabia que precisava de
um pouco de vida.
Na hora que
viu, Carla já havia perdido seu horário de almoço e foi conversar com seu chefe
se poderia sair naquele momento. Seu chefe José Augusto era um senhor bastante
educado e solidário, mas quando não era seu dia...
_ Carla entre,
precisamos acertar algumas coisas.
Um calafrio
súbito percorre em todo seu corpo, o coração de tão acelerado parecia que havia
parado. Engraçado quando se está a ponto de perder um trabalho desgostoso
parece que na verdade era o melhor de todos, pensou Carla.
_ Com licença
senhor Augusto.
_ Veja Carla,
acompanho seu trabalho aqui na empresa há algum tempo e vejo que nesses últimos
dias parece que não está satisfatório.
_ Desculpa
senhor é que...
_ Calminha,
não se anteceda, eu sei o que vai me dizer. E por isso que estou a falar
contigo. Vejo que é uma ótima profissional e que merece melhor respeito. A
partir de segunda-feira irá trabalhar junto a Sabrina na área de Recursos
Humanos, ao qual é sua formação. Ah me desculpe, não sei se conhece mais que
falta de respeito de minha parte, esta é Sabrina, uma incrível funcionária.
Era realmente incrível,
olhos azuis, boca carnuda, longos cabelos pretos encaracolados, um bronzeado
estonteante e abaixo daquele tailleur...
Carla já havia
encontrado com Sabrina algumas vezes no prédio, mas nunca havia trocado
qualquer palavra.
_ Olá Carla,
prazer em conhecê-la, ouvi dizer muitas coisas a respeito de você.
_ Prazer Sabrina,
espero que sejam coisas boas.
_ Ok meninas,
agora tenho muito trabalho pela frente, Sabrina apresente à Carla todas suas
novas tarefas, mas vá com calma para que ela não saia correndo.
Um sorriso em
ambos os rostos e prontamente Sabrina pede para que Carla a siga.
Carla também
era uma mulher muito bonita, traços marcantes, olhos provocantes, sardinhas
para enfeitar um nariz tão pequeno e perfeito. Apesar de fugir alguns dias da
academia, sua forma era sempre bem mantida e desejável por onde passava.
O tempo foi
passando e Carla sentia que seu estômago iria consumir o resto de seu corpo,
que teve que interromper a falante Sabrina.
_ Sabrina, me
desculpa, é que passam das três e eu ainda não almocei, estou me sentindo um
pouco fraca, gostaria de ir comer alguma coisa se for possível.
_ Oras Carla,
por que não disse isso antes. Vamos que eu também preciso comer algo.
No restaurante
ambas pareciam que se conheciam há séculos, falavam, falavam.
_ É acontece
muitas coisas nessa empresa mesmo. Um dia eu estava na cafeteria ao lado da
sala de reuniões, escolhendo meu café. Não sei porque eu sempre paro para
escolher se sempre escolho o mesmo. Eu sabia que o Rodrigo estava me olhando e
rindo. Eu fingi que não era comigo, mas continuei escolhendo. Depois que
apertei umas dez vezes, ele veio e me disse: “Carla já escolheu seu café?”.
Achei estranho, mas logo ele me disse: “Porque pode ficar horas apertando que a
máquina está quebrada e não vai sair café nenhum”. Havia um papel gigante
escrito que estava quebrada, mas eu estava tão automática que nem li. Depois a
gente riu e descemos no Sabor Café. Ele é muito educado e lindo. Ai que
príncipe.
_ Nossa alguém
está apaixonada.
_ Na verdade
não Sabrina, é que estou a procura de um príncipe, já estou ficando velha e
relógio vai rodando.
_ Calma lá Carla
você é muito nova ainda. Eu sou mais velha que você e nem estou nesse
desespero. Assim vou começar a ficar também.
Ambas riram.
_ A conversa
está ótima Carla, mas temos ainda muita coisa para fazer, depois continuamos
nosso papo de Cinderela.
Quando voltou Carla
foi contar para a amiga Mariana o ocorrido, antes de seguir adiante com Sabrina.
_ Má você num
vai acreditar. O seu Augusto me transferiu para o departamento de humanos.
_ Nossa Cá que
bom, porque aqui os E.Ts continuarão se matando.
_ Ai Má você
entendeu, é no departamento de RH. Segunda-feira já inicio o trabalho.
_ Maravilha,
agora vai ter mais dinheiro para pagar as rodadas. Por falar nisso não se
esqueça de hoje a noite. Parabéns novamente, você merece.
_ Obrigada
amiga, vou correr que tenho que me encontrar com a nova chefa.
Saindo do
trabalho a conversa com Sabrina ainda estava interessante e resolveram parar
para um café.
_ É muito bom
saber disso, não imaginava que o yôga pudesse ser tão bom para tantas coisas.
_ E é Carla
deveria ir fazer uma aula para você ver, aliás, estou indo para lá agora, se
quiser já pode começar hoje mesmo.
_ Seria uma
boa mesmo, vou ver se tenho uma roupa no carro.
_ Não se
preocupe se esse for o problema paramos em casa e pegamos uma para você, eu
moro ao lado da academia.
No caminho Carla
se sentia eufórica, o dia havia sido completamente inusitado. Tudo estava
perfeito. Sentia um calafrio estranho no caminho, queria chegar logo, não
entendia o porquê.
Sabrina estava
mais tranqüila, mas se sentia inquieta com algumas coisas, parecia que conhecia
Carla há muitos anos, viu nela uma pessoa ótima para se ter uma grande amizade.
Chegando ao
apartamento Sabrina vai a busca de uma roupa para Carla enquanto ela refrescava
com um copo de suco na cozinha.
_ Muito bonito
seu apartamento, bem organizado.
_ Aos poucos
vou melhorando, ainda falta muita coisa, mudei faz pouco tempo. Bom aqui está, vamos?
Na academia,
ambas trocavam risadas, palavras, toques, tudo parecia muito normal para duas
pessoas que se sentiram em uma sintonia completa, mas não exatamente para os
olhares, havia algo muito além de simples olhares.
_ Nossa me
sinto outra pessoa.
_ Não disse Carla,
parece que tudo fica mais leve.
_ Vou ter que
ver se na minha academia tem aulas disponíveis.
Engraçado
aquele comentário não ter agradado Sabrina de alguma forma, mas assentiu com a
cabeça e resmungou alguma coisa indecifrável.
_ Você está
ocupada a noite Sabrina?
_ Não, estou
livre.
_ Então vamos
fazer alguma coisa, ir pra um clube, bar, sair um pouco.
_ Vamos sim,
só tenho que me arrumar, tomar um banho, escolher uma roupa, se quiser subimos
e enquanto isso a gente escuta uma música, bebe alguma coisa.
_ Por mim está
tudo bem.
No elevador os
olhares não poderiam ser diferentes, era mútua sua profundidade, mas seu
entendimento era intrigante.
_ Adoro esse
cd da Janis.Coloca ele. Não acredito? O que é isso?
_ Ok eu
confesso Carla, eu escuto Britney Spears, tem algumas músicas que até são
interessantes.
_ Essa você
vai ter que provar.
_ Depois do
banho, aliás, se quiser tomar um banho aqui pode ir ao outro quarto, tem
toalha, e pode escolher uma roupa minha.
_ Desse jeito Sabrina,
nem vou mais fazer compras de roupas.
Depois do
banho Sabrina estava trocando de roupa no quarto quando Carla entra envolta a
sua toalha e depara com um corpo magnífico a sua frente, não conseguiu
simplesmente parar de olhar.
_ Veja nessa
parte do guarda-roupa, tem um monte de coisas que você pode gostar Carla.
_ Sim, sim, eu
achei lindo.
Carla
pensativa a respeito do corpo a sua frente.
_ O meu
guarda-roupa?
_O que tem seu
guarda-roupa? Pergunta Carla voltando a uma realidade duvidosa.
_ É lindo?
_ Nossa, acho
que eu estava em outro mundo Sabrina, me desculpa, nem sei o que eu falei.
_ Não será
difícil de lhe convencer a gostar de Britney Spears pelo jeito, é só esperar
esses seus momentos de fantasia.
_ De maneira
alguma, nem que eu esteja morando nesse mundo de fantasia.
Carla deixa
cair a toalha em sua euforia e deixa seu corpo a mostra e não podendo se conter
Sabrina elogia.
_ Carla você
tem um corpo lindo.
_ Que isso, fujo
da academia faz tempo. Você que tem um corpo lindo eu estou um bagaço.
_ Ai que
mentira, você estava pensando em mim quando disse isso.
Mais e mais
olhares curiosos mirando dois corpos curvilíneos.
Já trocadas
ambas seguiram para a sala onde a música ainda tocava e o vinho já estava
aberto.
_ Quer comer
algo Carla?
_ Podemos
pedir alguma coisa, beber sem comer vai me fazer mal.
_ Pedimos uma
pizza então.
Muitas horas
depois, a pizza comida, os pratos limpos, a terceira garrafa de vinho, o papo
ainda era intenso.
_ Depois de
sete anos a gente viu que o namoro havia esfriado demais e resolvemos terminar.
Foi numa boa, mas ele ficou muito mal depois disso. Ele queria voltar, mas eu
estava muito decidida que não queria mais. Depois dele só tive mais um namorado
sério de alguns anos e os outros foram namoricos.
_ Quem escuta
acha que você tem lá seus cinqüenta Sabrina.
_ Na verdade
estou com 31, comecei tudo muito cedo na minha vida.
_ Eu achei que
você fosse mais nova, mas seu comportamento é de alguém mais maduro.
_ E você Carla?
_ Eu tenho 27.
_ Não
perguntei sua idade doida, perguntei da sua saga de Cinderela.
_ Ah, então é
complicado. Na verdade eu já namorei alguns, mas é engraçado, eu sempre acho
que tem alguma coisa errada e acabo terminando. Não sei o motivo.
_ Eu entendo
isso. Também sou assim. Mas acho que uma hora a gente acaba encontrando alguém.
_ Aí desculpa!
Caramba desculpa!
_ Calma,
calma, não se preocupe, não tem problema. Caiu só um pouco, eu troco de roupa.
_ Sou muito
desastrada Sabrina, eu sempre tenho que fazer uma dessas. Acho que estou meio
zonza. Deixa que eu limpo isso. Tem um pouco aqui.
Não deu tempo
para qualquer desvio, fuga, pergunta, entendimento, repressão. Um beijo sem culpa
foi selado ao mesmo tempo entre as duas.
Parecia
infinito. Esqueceram de tudo a volta, parecia que fazia horas, era doce, suave,
molhado, eufórico. Quando finalizado as duas se entreolharam e não se
questionaram, não havia palavras, tudo já tinha uma explicação. Um mundo a ser
explorado, tocado, sentido. Os dias jamais seriam os mesmos.
By Taly
Xoxo
Xoxo
No café
Começou como havia de começar. Não havia outro destino para elas. Márcia era uma jovem jornalista intelectual. Júlia era a executiva mais elegante que circulava aos arredores daquele quarteirão. Talvez de toda a cidade. Um café em uma tarde a meio sol era lei para ambas. E como não se viram antes? Faltavam os detalhes, os mínimos detalhes. Noutro dia Márcia levantara para sair e logo Júlia sentou em seu lugar, não trocaram sequer olhares. Outrora elas se esbarravam no supermercado, mas como desconhecidas não se viam. Márcia pagou com três moedas para facilitar o troco para Júlia. Os pedidos de café muitas vezes vinham na mesma bandeja e duas vezes trocados.
_ Tem alguém no banheiro?
_ Já deve sair.
O quadro na parede era mais interessante. Não havia as trocas, eram apenas duas pessoas em uma fila. Duas pessoas que não conheciam seus destinos cruzados.
Certa sexta pela manhã e diferente de sua rotina, Márcia acorda mais cedo e vai ao café para despertar. Júlia precisava chegar mais cedo ao trabalho, dia longo de reunião. No café tudo era como devia ser. Um pedido, um café, a conta.
_ Por favor um café duplo Sandrinha que hoje preciso despertar! – Pede Márcia à amiga de longa data Sandra, desde os tempos do primário.
_ Caiu da cama princesa? Retruca a amiga.
_ Na verdade não consegui dormir. Tenho uma matéria para fazer que está me deixando louca. Não sei por onde começar. Meu redator já me cumprimenta como despedida.
_ Nossa amiga, que eu me lembre isso é novidade para você. Aqui o café. Duplo.
_ Bom dia Júlia, hoje é dia de todos acordarem mais cedo? Tudo bem? Um café descafeinado e o que a traz aqui tão cedo?
Uma voz suave e levemente rouca com tom de mulher madura retruca:
_ Desliga aquela empresa da tomada que eu não sou liquidificador.
Murmuro de risos ao seu lado e longo olhares curiosos e sonolentos.
_Sandrinha, amiga, vou indo.
E olhando para a loira estonteante ao seu lado conclui Márcia:
_ Antes que eu vire sopinha de liquidificador.
Risos e mais olhares.
Depois de um dia cansativo, Márcia retorna ao café e senta dessa vez em uma mesa mais isolada, parecia cansada, triste.
_ Nossa amiga, não fazemos massagem aqui. Quer um chá de sai-pra-lá-urucubaca?
_ Ai Sandrinha só você mesmo para me animar depois de um dia desses. Mistura tudo nesse chá que quero ir embora dormir.
_ Cruz credo, vou colocar sal grosso.
Risos.
Júlia sai do trabalho e cansada pensa em ir embora direto para casa. No caminho resolve que um cafezinho não seria perda de tempo, como sempre.
Como de costume chegou e sentou nas mesas do fundo, com seu notebook ligado à mesa.
_ Por favor Sandra um chá com tudo que tem direito para ver se eu volto a respirar.
_Minha nossa, com sal grosso também? Hoje é dia...
Risos.
Márcia levanta e sem querer esbarra na cadeira de Júlia, e em sua total dessintonia prende um dedo entre elas.
_Ai caramba!
_ Calma que te ajudo – prontamente Júlia.
_ Muito obrigada, salvou meu dedinho e colocou sua cadeira no meu pé.
_ Desculpa, como sou desastrada.
_ Não você é um liquidificador.
Risos.
_ Antes, agora sou um radinho sem pilha. Hoje o dia foi muito corrido e acabou a força.
Ambas percebem que seus olhos estavam mutuamente perdidos.
_ É...Eu me chamo Márcia, prazer.
_ Sou Júlia, prazer é meu. Posso me redimir se sentar e tomar um café comigo?
_ Olha eu estava de saída, mas este será seu castigo. Mesmo sabendo que agiu tentando me ajudar.
Mais risos.
Longas conversas, mais cafés, chás, olhares. De repente não havia mais cansaço, elas estavam enérgicas. As pernas as vezes se encontravam no entusiasmo e logo uma desculpa intencional.
Júlia sentiu um calor ao toque de Márcia em suas mãos, e em meio a tanta fala sua mente paralisou naquele momento e não mais ouvia a falante de seu lado. O mundo havia congelado.
_ Júlia? Júlia?
_ Ah, oi... Estava no mundo da lua.
_ Percebi, ouviu alguma coisa que falei?
_ Sim...Não...Desculpa..É que...Que lindos olhos azuis você tem.
Júlia não entendeu porque tinha falado aquilo, que vergonha sentiu.
Márcia explodiu por dentro, um elogio de uma mulher maravilhosa como aquela, não entendeu o que lhe aconteceu, mas agradeceu o elogio.
Ambas perceberam a tensão, a excitação, os olhares, os lábios molhados. O momento era riquíssimo de sensações e não havia palavras, elas fugiram de suas bocas. Um silêncio eterno percorria aquele segundo interrompido por Sandra:
_ Acho que o chá fez efeito para as duas não é?
Júlia e Márcia ainda contemplavam em seus profundos olhares e nenhuma palavra parecia sair, quando Márcia, ainda sem tirar os olhos de Júlia diz:
_ Parece que fez efeito mesmo, estou muito melhor.
Márcia sentiu as coxas de Júlia levemente encostando-se às suas e suspirou fundo.
_ Bom, desejam mais alguma coisa?
_ Não, obrigada Sandra, já estamos de saída.
Estamos? Perguntou Márcia para si, mas entendeu o recado.
_ Por minha conta, por meu desastre – disse Júlia.
_ Não, eu não sentei por esse motivo. Vamos dividir.
“Não sentei por esse motivo?” Por qual então eu sentei? Perguntou para si Márcia novamente. Nada mais fazia sentido, queria apenas tocar aquela mulher a sua frente.
Como Márcia caminhava até o trabalho, não usava seu carro, por isso aceitou a carona para seu apartamento.
Na despedida um beijo no rosto que toca o cantinho dos lábios. Márcia abre os olhos e parecia que fora o melhor beijo de sua vida. Sem censura pergunta:
_ Sobe?
_ Vamos para o meu – responde Júlia.
No caminho um silêncio repleto de vontades, de curiosidades. Márcia olhava a silhueta das coxas, queria tê-las nua. Aquele perfume parecia feitiço.
Chegando ao apartamento Márcia diz que se sentiria melhor com um banho. Júlia a leva até o banheiro. Que olhares profundos.
_ Por que não toma comigo?
Júlia faz sinal positivo e retorna com um champanhe.
_ Dia longo e noite mais longa ainda – celebra Júlia entrando ao lado oposto da banheira completamente nua, sem pudor.
Márcia já dentro observou aquela deusa, as suas curvas, a sua perfeição.
Brindaram pela noite. Júlia não resistiu aos olhares por muito tempo, tomou um gole e escorregou suas mãos para as pernas delicadas de Márcia e logo inclinando para perto de sua boca. Que beijo macio, molhado, terno, ardente. Elas se entregaram àquele momento. As mãos percorriam os seios enrijecidos. Márcia leva as mãos na nuca de Júlia e traz para mais perto de si, provocante morde-lhe os lábios, beija-lhe o pescoço. Que sintonia mais perfeita, tudo eram ondas de sussurros e prazeres. Mais champanhe, menos palavras, mais toques, menos pudor.
_ Vamos para a cama? – Indaga Júlia
Com um beijo Márcia acena positivamente àquele pedido.
Júlia sai da água e Márcia se perde naquele corpo, que seios redondos, desenhados, as coxas grossas de músculos e femininamente desenhadas, aquela barriguinha trabalhada, que vontade de morder que deu. Logo Júlia estende uma toalha para Márcia que sai já puxando aquele corpo para si e beija-a com ardor.
O caminho até a cama fora longo, entre paradas e risadas chegaram ao destino e ali se consumiram.
E de repente já era dia. O sol batia na janela e a vontade era de esquecer o mundo. E podiam, era um lindo sábado ensolarado. Café-da-manhã na cama e juras de eterna felicidade.
E Sandra? Ela já sabia desde o começo, um dia elas se encontrariam e seriam muito felizes juntas.
By Taly
Xoxo
Xoxo
;-)
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